Sinópse: Este é volume final da saga de Sidarta, o príncipe que se tornou o maior dos Budas. Após ter conseguido transpor as muralhas do palácio onde nasceu, de ter vivido alguns anos no mais rigoroso ascetismo, ele encontra seu próprio caminho para encarnar o Mestre e lançar as bases do budismo, que viria a se tornar uma das mais disseminadas religiões do mundo. Tão influente a ponto de as estátuas milenares de Buda tornarem-se, recentemente, uma afronta ao governo dos talibãs, que decidiram por sua destruição.O sorriso do Buda constitui-se na narrativa mais simbólica da trilogia escrita por Patricia Chendi, que inclui ainda os volumes A fuga do Palácio e As quatro verdades. Atingindo com a meditação o estado ideal de união com o eterno, Sidarta é reconhecido e reverenciado pelos sábios da floresta como a última encarnação de Buda. Mara, o rei dos demônios, teme que o jovem príncipe se torne mais poderoso do que ele e faz com que Sidarta passe por uma série de provas que visam a fazê-lo desistir de seu propósito. Ele fica livre do arquiinimigo Dronadana, morto pela bela Narayani para vingar o seqüestro do filho, mas, no embate final entre o Bem e o Mal, o jovem Buda terá de enfrentar um adversário mais poderoso: seu gêmeo, o Sósia, reflexo negativo do seu próprio Eu. Por meio de uma narrativa poética, cheia de aventuras fantásticas, compreensível mesmo para os não-iniciados em questões religiosas, a autora nos mostra que o budismo tem um caráter psicológico. A filosofia preocupa-se mais com a situação humana e o sofrimento dos seres, do que em explicar a origem do mundo, a natureza do divino ou questões do gênero. Para isso, indica a origem das frustrações e a forma de superá-las, empregando conceitos indianos tradicionais numa interpretação renovada. A historiadora não foge à questão essencial do budismo, a qual prega que qualquer situação em que nos encontremos é resultante de nossa história pregressa (incluindo vidas passadas). Através das aventuras do Príncipe Sidarta e de belas parábolas, a autora oferece o conceito da oportunidade: é possível aprender lições para crescermos e evoluirmos espiritualmente. Desta forma, a doutrina budista pode ser absorvida não como uma desculpa para o conformismo, mas um incentivo para aproveitar o presente da forma mais criativa e positiva possível.