Sinópse: Depois de arrebatar os leitores com O enigma do oito – precursor dos romances de aventura e suspense engendrados em meio a conspirações místico-religiosas –, a autora Katherine Neville apresenta O fogo, a aguardada sequência deste épico contemporâneo lançado em 1988 e reeditado pela Rocco no início do ano com grande sucesso. Traduzido para 20 idiomas e por mais de seis meses nas listas dos mais vendidos dos EUA, O fogo intercala a trajetória de duas heroínas separadas no tempo e no espaço, e unidas pelo mesmo mistério: o paradeiro do famoso xadrez de Carlos Magno, desaparecido há mais de mil anos. Com a participação de figuras ilustres na trama, como Lord Byron, Ali Pasha, Mary e Peter Shelley, a autora novamente faz com os leitores se sintam diante de um desafiante jogo de xadrez, da primeira página até o xeque-mate. Já nas primeiras páginas de O fogo, a escritora norte-americana Katherine Neville deixa claro não ter diminuído o ritmo, tampouco a intensidade da narrativa, qualidades que a fizeram arrebatar tantos leitores com O enigma do oito. Aos borbotões, a protagonistaAlexandra Solarin – e os leitores – toma conhecimento de sua ligação com o lendário Xadrez de Montglane, tabuleiro criado em Bagdá mil anos antes e responsável por inúmeras reviravoltas na história de alguns de seus parentes mais próximos, especialmente na de seu pai, Alexander Solarin. No livro, nada poderia ser mais estranho para Alexandra Solarin do que receber um convite para a festa de aniversário da mãe. Por uma simples razão: Cat Velis nunca comemora aniversários. A verdade é que o convite soou mais como uma convocação e nem a rotina intensa como chef de um badalado restaurante de Washington serviu de desculpa para fugir do compromisso. O que ela não esperava ao chegar a casa isolada nas Montanhas Rochosas do Colorado era deparar-se com um grupo inusitado de convidados e nem uma pista do paradeiro da anfitriã. Como em O enigma do oito, a autora intercala a trajetória de duas heroínas. Enquanto Alexandra procura pistas de Cat em 2003 e vê-se cada vez mais envolvida com o paradeiro do famoso xadrez, em 1822, Haidée, a filha de um governante poderoso do Império Otomano, é designada para uma missão por Marrocos, Roma e Grécia. Vai acompanhada por Kauri, o filho de Shahin, o falcão do deserto a quem Mireille confiou o filho Charlot. Para que o leitor não se perca em meio às diferentes histórias paralelas que compõem a trama, a autora resgata as principais passagens do primeiro volume. Esse resgate de fatos antigos ocorre de forma natural à medida que Alexandra vai se inteirando do passado dos pais. Velhos conhecidos, como Lily Rad, a melhor amiga de Cat, Ladislau Nim, o irmão de Alexander, e a própria Mireille, reassumem seus postos no tabuleiro ao lado de novos personagens, como o extravagante chefe de Alexandra, Rodo Boujaron, o misterioso vizinho de Cat, Galen March, e o jogador russo de xadrez Vartan Azov, a quem a protagonista conheceu 10 anos durante o trágico campeonato mundial de 1993. Reencontros aparentemente sem razão revelam movimentos perigosos no jogo, tanto no passado quando no presente. Mais uma vez, Katherine Neville enriquece a história inserindo personagens reais, como Lorde Byron, Ali Pasha ou Mary e Peter Shelley, mas são os personagens saídos da imaginação da autora, envoltos em mistérios e segredos, que realmente fazem com que os leitores sintam-se diante de peças em um desafiante jogo de xadrez.