Sinópse: As pessoas dizem estar prontas para amar e ser amadas e que só não o conseguem porque, hoje em dia, ninguém mais se compromete com ninguém. Ansiosas por viver um relacionamento profundo e duradouro elas buscam, de todas as formas realizar esse desejo – aceitam encontros às escuras; visitam sites de relacionamento; transformam amigas em alcoviteiras; lêem avidamente os anúncios classificados de jornais e revistas de outros que, como elas, também estão à procura.Entretanto, no íntimo, as mesmas pessoas que desejam o amor se afligem diante da possibilidade de serem fisgadas pelo casamento e ficarem presas num relacionamento permanente, que poderia limitar sua liberdade de – ora veja – amar e ser amadas por outras pessoas.Nessa confusão de sentimentos e desejos contraditórios, elas se tornam incapazes de escolher entre entregar-se a um relacionamento, que realizaria suas esperanças e anseios de ser feliz “até que a morte os separe”, e salvaguardar os benefícios da solteirice. Em outras palavras, temem perder a liberdade de se descartar tranqüilamente tão logo o relacionamento se torne duvidoso.A justificativa para o medo de se entregar é bastante superficial. As pessoas dizem que, diante de tantas ofertas, tanta gente interessante e bonita no mundo, eleger apenas uma que seja perfeita, para toda a vida, é uma tarefa impossível.Isso nos leva a considerar que a dificuldade em encontrar alguém para amar não está na falta de pretendentes, e sim na incapacidade de sentir, de entregar- se e de assumir o compromisso. Por conseguinte – e ainda que não tenham consciência disso – as pessoas se comportam de maneira a não permitir que o relacionamento se aprofunde além de um certo ponto. Em outras palavras, começam a sabotar o casamento já durante o namoro.