Sinópse: Em Hotel Pastis, o publicitário bem-sucedido que jogou tudo para o alto e tornou-se um escritor bon vivant, conta a história de um executivo, Simon Shaw, 42 anos, recém-divorciado da mulher e à beira de um ataque de nervos. Por sugestão de seu amigo-assistente, ele parte “no mais confortável de seus três carros” – um Porche preto – para alguns dias de descanso na Provence. Um pequeno acidente o obriga a demorar-se em Brassière-les-Deux-Églises, pequeno vilarejo que reúne coincidências e uma sofisticada loura, bronzeada (e divorciada) mulher – Nicole Bouvier. Resultado: por influência da nova amiga parisiense, Simon decide mudar de vida e morar na região. A história é recheada de hilariantes comentários sobre os habitantes do local e seus costumes, muito vinho e longas sessões culinárias para o preparo de pratos sofisticados, numa rapsódia gastronômica. Por fim, Simon e Nicole inauguram um hotel, cujos personagens servem para que Peter Mayle apresente as atrações da Provence, deixando o leitor com água na boca. Tudo poderia acabar em festa, França e comida, mas – nada disso. Não satisfeito com o gênero ficção-turismo, Mayle tira da cartola uma quadrilha de ladrões locais que conspira o roubo do “mais pitoresco banco da Provence”. Ironicamente, a motivação dos ladrões – liderados por Jo-Jo – são semelhantes às de Simon: livrar-se de seus empregos e sair debaixo da sola dos patrões. O plano de assalto é complexo e sofisticado e – como não poderia deixar de ser – acaba envolvendo Simon e seus hóspedes. No decorrer da história, o inglês apercebe-se de que nem toda a mudança de espaço físico soluciona os conflitos do indivíduo. Assim, ao trocar Londres pela Provence, ele trocou de problemas e descobriu que a hotelaria “é um trabalho como outro qualquer”. Mas ele continua por lá e o romance não perde o charme. Quem gostou de Um ano na Provence vai se sentir em casa no hotel de Simon Shaw, um ponto que reúne gastronomia, suspense e bom humor.