Sinópse: Em meio ao cansaço, tédio, alegrias, aventuras e sonhos. Escrevi esse livro, que demonstra em suas páginas o quanto fui e sou apaixonado pela vida e por Florianópolis. O interesse pelo conhecimento espiritual nos eleva a patamares cada vez mais altos de sabedoria.Eu começo a escrever e me torno um artista, contando minha história de vida, a história de um manezinho da ilha, que muitas vezes caminha pelas páginas, com linhas meio cambaleantes, porem, sempre com uma cabeça pensante e um coração que bate pelo mundo.Neste livro abro meu coração como jamais abri e conto tudo que vivi. O primeiro capítulo passa pelo começo do meu pulsar, com minha infância compartilhada na casa de minha avó, o fascínio com a descoberta da mídia visual, estudar em colégio de freiras, minhas primeiras aventuras, passando por colégios estaduais e federais, até findar o capítulo com minhas primeiras amarguras.Mostro todas as imperfeições de um ser humano que nunca teve medo de voar para ser feliz, sabedor que somos somente mais uma estrela no céu a brilhar e que assim como por vezes saímos e voamos, por vezes também caímos e descobrimos a solidez do chão. Acredito ter intelecto literário o bastante para ter êxito nessa jornada, pois todos nós possuímos. Muitos somente nunca se colocaram a prova, somos muito mais fortes que imaginamos e só descobrimos quando somos colocados entre a cruz e a espada. No capítulo 2 mostro que começo a perceber que os momentos em que mais marcam nossas vidas são aqueles em que não utilizamos a razão, não medimos os riscos e somos traídos pelo impulso. Falo de minha primeira vez amorosa, da descoberta do atletismo, da corrida que me mostrou que tudo na vida é planejamento, suspeito então que golpes de sorte não existam ou desperto para que quanto mais estudo e planejo, mais sorte eu tenho. Nesse capítulo as aventuras continuam, mas tem agora a descoberta da noite e o amor no carnaval. O julgamento da crítica não me assusta e até mesmo aguça a minha gula erudita. É como se escrevendo essa obra literária eu esteja perpetuando minha alma. Falo de minhas aventuras no mar, falo de meu maior inspirador, símbolo de um espírito livre e lutador, de riso fácil e grande coração… Meu pai.Nunca fui egocêntrico, mas no terceiro capitulo falo o quanto é proporcional o poder. Quanto mais poderoso ficamos, maiores são as possibilidades e nossas responsabilidades também. Falo do nosso maior símbolo de poder da juventude que é a maioridade, tirar a carteira de motorista, servir ao exército e a emancipação. Falo da morte terrena do meu velhinho, da falta que ele me faz, quantos ensinamentos que perdi e tive que aprender desbravando minhas percepções espirituais e mergulhando em minhas reflexões. Falo das armadilhas da vida, o brilho e colorido dos shows assim como a alegria de jogar futebol.No quarto capítulo, procuro sintetizar em palavras o que na verdade não encontro palavras para me expressar, o nascimento de meus filhos e o arrebatador sentimento crescente em meu peito a partir da inigualável experiência de ser pai. Sentimento esse que me faz querer ser um homem melhor, podendo mostrar que se pode vencer sendo um homem correto, de caráter reto e do bem. Mostrando que se pode ser feliz, sem que seja pisando os outros ou a custo de terceiros. Quando solteiro, me refestelava nos prazeres do mundo. Logo após tive o prazer de consumar o legado que nos equipara ao criador, que é o de crescer, constituir família e multiplicar. Mostro como podemos ir inadvertidamente do céu ao inferno. Revelo experiências essencialmente físicas e eróticas. O grande exercício de desapego, acordando e constatando que se está livre para voar novamente aos vinte oito anos, sem ter desencarnado ou ter se quer apagado ou perdido sua bagagem com bilhete só de ida para o futuro, que agora já não é futuro, pois se tornou passado no presente dessas letras.Por todos os capítulos e páginas dou pinceladas sobre a história antiga e recente de minha querida Florianópolis, inserindo em fluxogramas ou fazendo parte do texto. Ao término de cada página deixo também uma frase com uma verdade irônica.Sustento o quinto e último capítulo na incrível percepção de um homem que quer viver até os cento e vinte dois anos e constata que ou se morre herói ou se vive o suficiente para se tornar um vilão. Nossos pensamentos novos florescem e proliferam com admirável disciplina, nos trazendo cada vez mais aventuras. Por ser da natureza humana, querermos mais, por mais que achemos curta a vida, essa que nos dão sem manual, sem treinamento, ela sempre nos é suficiente. Feita sobre medida para todos os nossos anseios e só dependendo do tamanho que mensuramos nossa vontade de viver. Muitas vezes posso ter demonstrado formas de pensar antagônicas, pois me desculpem todos, porque o conflito e a polemica me fascinam. O modo como viveres determinará sua longevidade. Fora acontecimentos abruptos. O caminho que tomas e por onde percorres sempre será o da tua sobrevivência ou da desgraça. Sendo assim, procure sair dos trilhos sempre que acreditar em para onde está indo, mas nunca se esqueça de voltar aos trilhos para não se perder.Escrevi esse livro com muito carinho para você, espero um dia ler o seu. Se você ainda não o escreveu, acredito que essa seja a hora de começar, porque tudo que um dia tenha fim anteriormente teve um começo. Escrever é ampliar e replicar nossa própria existência.Tenha uma ótima leitura!Tive um sonho a noite que me perturbou bastante. Desde meus 22 anos para cá, sonho com ondas gigantes que normalmente chegam a noite. Eu estou na orla da minha cidade, e o Mar extremamente revolto, se aproxima em ondas verdadeiramente ameaçadoras. Eu sempre me abrigo atrás da Ponte Velha, me cubro com um livro azul e não compreendo porque essas ondas passam por cima de mim e não me molham. Nada me acontece, somente uma enorme sensação de medo que eu sinto. Em noites sonhei que caminhava por uma praia da minha cidade com meu pai ao meu lado. Ao me aproximar de uma pedra sentada sobre outra pedra, olhava para o lado e percebia que meu pai não estava mais comigo, ele havia subido e me olhava agora do alto de uma grande nuvem com uma batuta nas mãos e eu continuava caminhando. Ontem sonhei novamente, esse sonho tenho a cinco anos, nele estou no Continente, de repente o céu começa a ficar nublado e começam a cair pedras do céu. Logo depois o céu limpa, fica azul e límpido assim como se fosse inicio de manhã ou final de tarde. Eu lembro que todo o povo começou a perceber que se tratava do final dos tempos, os moradores do local corriam para se proteger, isso eram milhares de pessoas. Eu estava sentindo uma amargura no meu sonho difícil de se explicar, e tinha um sentimento enorme de proteger meus filhos. Quando de repente olhei para o céu e vi, o Sol, a Lua e a própria Terra, os 3 do mesmo tamanho. Chamei a atenção de todos sobre aquela cena. No entanto a Terra que eu via começou a queimar e se abrir como peças de um quebra-cabeças. Dava para perceber o vermelho do fogo eclodindo de dentro para fora do planeta e ele se esfacelando. Nisso tudo ao olhar para baixo vi muitas pessoas em procissão, seguindo por uma estrada e cantando músicas de culto bem ao estilo das romarias. Eu lembro que eu olhava para essas pessoas e comentava: “Lá vão todos”. O fato é que quando acordei, eu tinha em minhas mãos, um livro entre aberto chamado “”Fire Ball”, não consegui mais dormir, pois o sonho foi muito perturbador. O livro me manteve aceso por toda a madrugada. E não tinha como ser diferente, pois em suas linhas e páginas, estavam tudo que aconteceria em meu futuro. Hoje é fato que milhares de pessoas em todo o mundo estão tendo esse mesmo tipo de sonho. Sei que um dia tudo se acaba, seja por forças externas ou por nossas próprias mãos. Desde os primórdios civilizações como a das Babilônias, Atlântida, Maias, se estinguem, se modificam e preveem o fim. Mas certo mesmo é que somos nós quem devemos fazer por merecer viver mais e continuar aqui. Porque só vale apena se vivermos em harmonia, com luz e sabedoria. Nossa missão é contribuir, povoar e deixar um legado. Isso tudo que vemos ao redor não é nosso. Isso é a utopia do preso, a saudade do experiente e o lar da criança.É tudo uma grande e linda bola de fogo. Que pode se resfriar, diminuir, ou ainda, crescer e crescer cada vez mais, girando e aquecendo mais a cada instante.