Uma Semana Decisiva

capa livro uma semana decisiva-final (003)

Sinopse:

Léo é um homem do tempo atual, com sessenta anos, leva vida saudável, se cuida, está solteiro depois de dois casamentos, porém se divertiu muito na vida. O personagem principal faz um cruzeiro por cinco cidades do Mediterrâneo Oriental, durante uma semana que será importante para ele, para os demais personagens da obra e os da vida real da história recente do Brasil.

Na semana decisiva de 2016, o Brasil passa por um dos momentos mais dramáticos e decisivos da política contemporânea. Nela é decidido o passo mais importante para o impeachment de Dilma Rouseff, em cenário da Lava Jato.

A trama permite mostrar o marxismo cultural, a partir do golpe de 1964, e o nascimento da nova direita, de 2013, a partir de notícias da vida real daquela semana, além de discussões sobre as bandeiras da esquerda: racismo, homofobia e feminismo.

Léo tem problemas naturais de idade e tormento afetivo interior, os quais deverão ser resolvidos por ele para que alcance a mulher com que poderá viver o resto de sua vida, enquanto contempla o turbilhão de acontecimentos na esteira de borbulhas das hélices do navio.

A raridade deste romance está no fato que é escrito com viés de tendência política de centro ou de direita, já que é difícil encontrar escritor de ficção que não seja de esquerda com o consequente direcionamento de seus pensamentos nas obras que escrevem.

Autor: Rui Juliano

ISBN: 978-85-904919-3-4

A vida porca

Autor: ARLT ,ROBERTO
Sinópse: Os leitores e leitoras encontrarão nessa obra o relato da iniciação de um adolescente, Silvio Astier, no submundo portenho, zona cinzenta de uma sociedade em que a educação burguesa perdeu as suas cores luminosas. Astier e seus amigos leem livros baratos em traduções ruins, cometem crimes por meio dos quais ascendem à cultura letrada de que foram excluídos, falsificam, blasfemam, elaboram inventos precários, etc. O conjunto dessas características se potencializa nos romances posteriores de Arlt, Os sete loucos e Os lança-chamas. Tudo isso nos dá a chave para ler a literatura argentina como o invento de uma tradição da conspiração sobre o papel: o vínculo entre o delito e a poiseis, ou melhor, uma poiesis do delito bibliográfico. A forma precisa dessa equação está na frase de Astier: “Oh!, ironia, logo eu que havia sonhado ser um grande bandido feito Rocambole e um poeta genial feito Baudelaire!”Quanto à tessitura narrativa, cabe dizer que A vida porca inovou ao dar corpo a uma espessura verbal até então ignorada na literatura argentina, a voz partilhada entre o espanhol rio-platense e a dicção dos imigrantes que passam a povoar o país vizinho a partir da virada do século XIX para o XX. O texto arltiano se escreve por meio da ausência das vozes daqueles homens e mulheres que falavam à Argentina por meio do desterro territorial e linguístico. No princípio do século passado, Buenos Aires é uma cidade cuja metade da população é constituída por gente estrangeira. A vida porca conforma, por tudo isso, um torvelinho babélico ao reunir ventos contrários a fim de aproximar Nossa América do mundo europeu. Será precisamente a essa dissonância verbal da língua moderna que recorrerá Arlt (ele mesmo filho da imigração) para plasmar a sua dicção literária.A vida porca traz um balbucio profético de tudo isso que, hoje, escutamos nas melhores páginas da literatura argentina e para além dela. E é por isso que – apesar de ser um romance do princípio do século passado – poderá surpreender o público de nossos dias ao trazer consigo o ganho estético característico de todo texto literário que segue merecendo ser lido no tempo: a inesgotável superação da normatividade da língua a partir de seu mais íntimo estranhamento.
ISBN: Não informado

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