Uma Semana Decisiva

capa livro uma semana decisiva-final (003)

Sinopse:

Léo é um homem do tempo atual, com sessenta anos, leva vida saudável, se cuida, está solteiro depois de dois casamentos, porém se divertiu muito na vida. O personagem principal faz um cruzeiro por cinco cidades do Mediterrâneo Oriental, durante uma semana que será importante para ele, para os demais personagens da obra e os da vida real da história recente do Brasil.

Na semana decisiva de 2016, o Brasil passa por um dos momentos mais dramáticos e decisivos da política contemporânea. Nela é decidido o passo mais importante para o impeachment de Dilma Rouseff, em cenário da Lava Jato.

A trama permite mostrar o marxismo cultural, a partir do golpe de 1964, e o nascimento da nova direita, de 2013, a partir de notícias da vida real daquela semana, além de discussões sobre as bandeiras da esquerda: racismo, homofobia e feminismo.

Léo tem problemas naturais de idade e tormento afetivo interior, os quais deverão ser resolvidos por ele para que alcance a mulher com que poderá viver o resto de sua vida, enquanto contempla o turbilhão de acontecimentos na esteira de borbulhas das hélices do navio.

A raridade deste romance está no fato que é escrito com viés de tendência política de centro ou de direita, já que é difícil encontrar escritor de ficção que não seja de esquerda com o consequente direcionamento de seus pensamentos nas obras que escrevem.

Autor: Rui Juliano

ISBN: 978-85-904919-3-4

A Integração do Negro na Sociedade de Classes Vol. II

Autor: Fernandes,Florestan
Sinópse: A integração do negro na sociedade de classes (no limiar de uma nova era), de Florestan Fernandes, completa essa verdadeira opus magna de nossa sociologia. Se no volume I o autor punha em cheque de modo explícito “o mito da democracia racial”, além de promover um deslocamento conceitual e geográfico da questão racial no Brasil, introduzindo, de um lado, a abordagem marxista da sociedade de classes, e de outro, o caso paulista em lugar do nordestino (i. é, a nova situação industrial em detrimento da agrária), neste volume 2, mais propriamente sociológico e menos conceitual-histórico, Florestan Fernandes aborda diretamente o movimento ou movimentos negros – ou melhor, a emergência e as perspectivas de tais movimentos na sociedade e na política brasileiras. Muito do que hoje é corriqueiro em nossa percepção social e política, a começar da própria questão racial, passando por conceitos como o de movimento social, começa a se difundir e firmar no Brasil a partir desse livro. Não por acaso, a primeira parte de seu capítulo 1 intitula-se precisamente “Manifestação e objetivos dos movimentos sociais”. Ao mesmo tempo, este segundo volume retoma, enfoca e aprofunda alguns dos temas já tratados no primeiro, por exemplo, em “Cor e estratificação socioeconômica”, em que a divisão de classes da sociedade capitalista vê reforçada sua estratificação através da variável étnica – chegando-se ao detalhamento, por exemplo, das “funções” (sic) do preconceito de cor (“funções”, naturalmente, no sentido de seu uso pela dinâmica social de poder). O quadro se completa com a análise das reações possíveis ou desejáveis, como é o caso do capítulo 2, “Impulsões igualitárias de integração social”. Tudo para culminar no capítulo-síntese, o de número 3: “O problema do negro na sociedade de classes”. Cuja última parte não poderia ser mais objetiva: “O dilema racial brasileiro”.Primeiro, ao contrário do que pretendia o mito da “democracia racial”, afirma-se a existência de um dilema racial brasileiro. Segundo, constata-se, paradoxalmente, que ele é brasileiro só em parte. Pois, em parte, é genericamente capitalista, em função de ser capitalista, ou de classe, a organização socioeconômica do país. O diagnóstico e o prognóstico para tal dilema, portanto, passam tanto pela definição do que é particular ao caso brasileiro quanto pela descrição do que é geral à organização capitalista da sociedade. E o que se constata é uma espécie de “pior de dois mundos”, uma “demora” (sic) também conhecida como tragédia brasileira: “Não só os mecanismos de dominação racial tradicionais [do escravismo] ficaram intatos. Mas a reorganização [capitalista] da sociedade não afetou, de maneira significativa, os padrões preestabelecidos de concentração racial da renda, do prestígio social e do poder”. A libertação da escravidão pouco liberta. Pois a nova dinâmica ou mobilidade socioeconômica não abala, afinal, a velha exclusão de viés étnico. A largueza, a profundidade e a propriedade da abordagem de Florestan Fernandes tornam a obra essencial para uma possível compreensão da questão racial no Brasil, em que pese o que obras mais recentes lhe tenham acrescentado ou mesmo questionado, à luz de novas pesquisas ou novos desenvolvimentos, como é natural.
ISBN: Não informado

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