Sinópse: O que foi mais desumano no anúncio a respeito da irreversibilidade do processo de extinção da raça humana foi o fato, de o mesmo ter sido feito por uma máquina. Uma gravação! E, no entanto há uma grande hipocrisia nisso tudo. Como assim, anunciaram o fim do mundo? Pouco antes de 1917, assassinaram centenas de mães fuziladas em praça pública. Antes disso, conseguiram fazer uma Guerra que envolveu quase o mundo inteiro. E apesar de parecer impossível a qualquer lógica racional, em menos de quatro décadas, fizeram outra. Mas aí já estavam usando radiação. E nunca se pode esquecer que, ‘uma guerra gera empregos e aumenta a produção, uma guerra sempre avança a tecnologia, mesmo sendo guerra santa, quente, morna ou fria, pra que exportar comida, se as armas dão mais lucros na exportação. ‘ Quem compôs isso, talvez soubesse no fundo de seu espírito o que estava por vir, mas saiu à francesa muito antes disso tudo. Todos já deveriam saber que um processo assim levaria a um ponto irreversível!? Então que espécie de surpresa foi esta diante de tal anúncio? Há este tempo – que ainda corria de forma ordeira – mantinha-se o conceito de nações, países, estados enfim, a burocracia toda. Mas era palpável que tudo isso era cenográfico. As pessoas se agarravam a isso e a todo o resto do Velho Conceito para se sentirem organizadas e assim, vivas. Ficaram durante anos representando este papel medíocre de que tudo sairia bem porque tínhamos um Estado por trás de nós para nos defender e proteger. O senso comum esqueceu-se de que este Estado era composto por vermes gordos, trajados com paletós finos demais para serem sujos na lama que eles mesmos haviam criado.