Sinópse: Marie é uma dona de casa de meia-idade, que passou a vida numa cidadezinha francesa no Canal da Mancha – um vilarejo despovoado e empobrecido, repleto de refugiados ilegais que buscam, de todas as formas, uma chance de cruzar para a Inglaterra. Ela e o marido estão numa fase difícil da vida. Endividaram-se com a mudança para um condomínio onde seus dois filhos pequenos – Lucas e Lise – pudessem brincar, mas a situação tornou-se cada vez mais difícil desde então. Ela foi demitida do supermercado onde trabalhava e Stéphane mal consegue equilibrar as contas como motorista de um ônibus escolar. Sentindo-se perdida, sem conseguir cuidar da casa nem dos filhos, Marie acaba se envolvendo com os refugiados, em uma relação instável e perigosa. Através dos olhos de Marie, ficamos sabendo de seus dramas familiares e seus fantasmas. Vemos a cidade portuária e decadente em que ela vive, onde os “kosovares”, refugiados de diferentes países agrupados sob um mesmo nome, vagam esfomeados no frio e na chuva, acossados pelos policias, enquanto tentam imigrar ilegalmente para a Inglaterra. E acompanhamos, finalmente, seu gradual envolvimento com esses homens perdidos, numa tentativa de resgatar sua própria vida. A salvo de nada é uma obra arrebatadora sobre o amor e a loucura. Neste livro, Olivier Adam consegue fugir dos rótulos para criar uma obra emocionante e contemporânea sobre uma mulher em crise, cujo amor aos filhos é a única chance de escapar do desespero que a cerca. A salvo de nada não é só uma história marcante e atual. É também um livro de personagens surpreendentes, com seus dilemas e sofrimentos, criados por um dos grandes escritores franceses de sua geração.