Sinópse: Pesquisador americano das origens da espécie humana encontra tribo de homens-macacos em algum lugar perdido da África. Ficção? Sim e da melhor qualidade: “Nos Passos de Adão – Os ancestrais que ainda estão entre nós”, de Petru Popescu, é uma deliciosa aventura ao umbigo da civilização. O foco da história está em Ken Lauder, um paleantropólogo – especialista em antropologia do homem primitivo -, empenhado em encontrar fósseis. Certo dia ele desenterra das savanas do Quênia o esqueleto de um Australopithecus robustus – uma espécie rara considerada por muito tempo o elo perdido da evolução. Diante do impacto da descoberta, o paleantropólogo vai a Nairóbi e a revela ao curador-assistente do centro de fósseis da cidade, Cyril Anderson. Autoridade das pesquisas locais, embora mais voltado a vaidades científicas do que à arqueologia, Anderson percebe que o achado de Lauder é precioso e se junta a um comparsa inescrupuloso para trapacear o cientista americano. Tudo acontece em um cenário violento, com a capital do país, Nairóbi, em plena convulsão política, dificultando o trabalho de estudiosos estrangeiros. A saída para Lauder é voltar à savana. Lá a descoberta vai além. Ele segue pistas pré-históricas na selva e descobre um menino-macaco, um ser proto-humano de milhões de anos. Talvez seja a chave dos mistérios em torno da evolução humana, ou o confronto entre o homem-macaco e o homem-moderno. Petru Popescu mergulha em descrições do ambiente selvagem, revelando a saga do cientista em busca de suas próprias raízes. Em um resgate dos instintos primários, ele passa a caçar, perde a noção do tempo regulado pelo relógio, produz fogo numa caverna. A trama cria especulações sobre a origem das espécies que, apesar de ficcionais, contam com minuciosa pesquisa do autor, já que o livro é fruto de suas longas jornadas pela África.