Uma Semana Decisiva

capa livro uma semana decisiva-final (003)

Sinopse:

Léo é um homem do tempo atual, com sessenta anos, leva vida saudável, se cuida, está solteiro depois de dois casamentos, porém se divertiu muito na vida. O personagem principal faz um cruzeiro por cinco cidades do Mediterrâneo Oriental, durante uma semana que será importante para ele, para os demais personagens da obra e os da vida real da história recente do Brasil.

Na semana decisiva de 2016, o Brasil passa por um dos momentos mais dramáticos e decisivos da política contemporânea. Nela é decidido o passo mais importante para o impeachment de Dilma Rouseff, em cenário da Lava Jato.

A trama permite mostrar o marxismo cultural, a partir do golpe de 1964, e o nascimento da nova direita, de 2013, a partir de notícias da vida real daquela semana, além de discussões sobre as bandeiras da esquerda: racismo, homofobia e feminismo.

Léo tem problemas naturais de idade e tormento afetivo interior, os quais deverão ser resolvidos por ele para que alcance a mulher com que poderá viver o resto de sua vida, enquanto contempla o turbilhão de acontecimentos na esteira de borbulhas das hélices do navio.

A raridade deste romance está no fato que é escrito com viés de tendência política de centro ou de direita, já que é difícil encontrar escritor de ficção que não seja de esquerda com o consequente direcionamento de seus pensamentos nas obras que escrevem.

Autor: Rui Juliano

ISBN: 978-85-904919-3-4

Lincha Tarado

Autor: Trevisan,Dalton
Sinópse: (…) Hoje são setenta e cinco dias da morte. E vinte e dois anos do casamento. Dela não guardo queixa. Tão econômica, do dinheiro usava só a metade. Por que não gastou tudo? Não deu, ela acudia. Não tive coragem. Essa roupinha sabe quem costurou? Existe dona igual? Candidata é que não falta. As filhas acham que devo. Viúva moça, solteira de prenda. Até com dentinho de ouro. Alguma que nem mereço. Tão enfeitada e viçosa. Se foi plano de Deus, bem sei, devo me conformar. De dia me distraio na oficina. Mas de noite? Pensando nela me bato a noite inteira. Minha cama, nela eu deitava. Colcha de pena de colibri, com ela me cobria. Doce cadeira de balanço, nela me embalava. Apagada a luz, erguia a camisola. Cego, de repente eu via — no lombinho tão branco duas luas fosforescendo. Saudade judia do corpo? Sinto a vista cansada, mal posso ler. Toda manhã faço a barba, ainda aparo o bigode. Ela morreu — e não raspei o bigode. Três dias que o olho está seco. Me esbofeteio com força. Chora, maldito. Ela, a Maria, que não deixa o sargento. — Já prendo esse vagabundo. — Pelo amor de Deus, sargento. Não faça isso. — Precisa de uma lição, o bandido. Ao nenê faminto ela oferece o bico negro do seio: — O culpado é o Balaio de Pulga. Não cabe mesa nem cadeira. Estreito corredor, dois ou três caixotes, mais os bêbados — sempre lugar para mais um. — O sargento devia fechar. É uma perdição. Do Balaio o João sai cambaleando. Verte em plena praça um rio de espuma — onde ela cai já não cresce a grama. — Segura o hominho! Cuidado, não é a pistolinha na mão? O brado retumbante e dois tiros certeiros na lua cheia. — Aqui não tem macho. Aos tombos chega em casa, mete a botinha na porta. Maria foge pela janela. — Com o hominho ninguém pode. O galo da vizinha não para quieto. João firma-se na cerca, fecha um olho e, no meio do clarim, tiro e queda. — Conheceu, papudo? De manhã a dona volta, ressabiada. Rindo feliz João cerca-a na cozinha. E de pé contra a mesa faz mais um filho.
ISBN: 8501017051

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