Sinópse: FÊNIX é uma ficção sobre a busca de resposta para as causas do acidente que pôs fim à era dos dirigíveis. Em plena ascensão do nazismo e diante da iminência da guerra, muitos acreditavam que a explosão havia sido uma sabotagem. O laudo oficial, no entanto, aponta um defeito técnico. Partindo de minuciosa pesquisa, Boethius consegue a perfeita alquimia entre ficção e realidade, construindo um romance vigoroso, envolvente, emocionante. Com uma primorosa construção de personagens, a trama de Boethius dedica uma das quatro partes do romance para descrever a trajetória de “Edmund Boysen”, figura-chave para elucidar o rastro do mistério da catástrofe -da infância e as aulas do pai e do tio “sonhador, inventor e gênio” sobre o funcionamento dos zepelins, passando pelo início na carreira de marinheiro, até chegar ao posto de elevatorman do Hindenburg. Boethius admite que seu pai, presente no leme de elevação na hora da catástrofe, foi a verdadeira fonte de inspiração para criar o perfil de “Boysen” e que o pequeno “Jan Boysen”, muitas vezes funciona como seu próprio espelho. Para o autor, no entanto, realidade e fantasia estão associadas de tal forma em sua ficção que a transição entre esses dois mundos não deve ser percebida pelo leitor. E é exatamente esse o exercício narrativo de FÊNIX. Boethius remonta o quebra-cabeças que resultou da explosão do Hindenburg, tecendo uma ficção em torno de “Birger Lund” e sua busca para descobrir as causas do acidente. Enquanto as peças da tragédia se encaixam, revela-se, ainda, o quadro político-econômico que envolvia a tecnologia dos dirigíveis: Hitler e a política de afirmação do nazismo, de um lado, e,do outro, os Estados Unidos com a sua estratégia de exportação de hélio, um gás não-inflamável. O autor descreve de forma tão cativante e envolvente a atmosfera da época, e os pormenores do acidente, que ao final da trama o leitor poderá ficar em dúvida: será que as descobertas do personagem são reais? O incêndio do Hindenburg foi realmente provocado?