Sinópse: Lucas, o personagem central, é um banqueiro brasileiro, em livramento condicional. Cumpriu parte da sentença que lhe foi imposta pelos crimes de homicídio e remessa ilegal de divisas. Ao pretender retomar sua vida descobre que é portador de uma forma de câncer incurável, com metástase. Restam-lhe poucos meses de vida. O que fazer? De início, o desespero. Até que, seguindo o exemplo de uma senhora inglesa, resolve reagir, “convocando” a medicina do futuro para sua cura ainda impossível no presente. Enquanto ela não chega, a única solução – ou tentativa de solução -, segundo se informou nas melhores fontes, é congelar-se no nitrogênio líquido. As alternativas para isso são o túmulo ou a urna de cinzas. Ocorre que o congelamento – nos EUA ou em qualquer outra parte do mundo – não é barato. Valeria a pena arriscar parte de suas já depauperadas economias nessa aventura científica inteiramente sem precedentes? A vasta maioria dos médicos encara com desconfiança essa novidade, porque o congelamento danifica os tecidos e até agora ninguém foi descongelado vivo. Além disso, a entidade que armazenará seu corpo congelado poderá falir ou simplesmente abandonar seus “pacientes”. E mesmo que dê tudo certo, valerá a pena “hibernar” por algumas décadas, acordando em um mundo totalmente estranho, sem parentes nem amigos?Essa a moldura em que se desenha o romance “Criônica”, com diálogos muito esclarecedores envolvendo todos os aspectos dessa nova tentativa de sobrevivência. Ou talvez quase-imortalidade, porque não é possível divisar até onde poderá chegar a duração da vida humana no futuro, quando desvendados os segredos na manipulação genética. Os genes que comandam o envelhecimento seriam removíveis? Somente o futuro dirá, e ele – se o congelamento der certo – estará presente para verificar e talvez desfrutar todas as vantagens de se viver em época muito mais avançada.